Um homem, de 69 anos, foi preso nesta quinta-feira (5) suspeito de matar o amigo, de 66 anos, e fingir que ele tinha se afogado durante uma pescaria. O caso foi registrado na cidade de Doutor Camargo, no Noroeste do Paraná. A situação levantou a suspeita da polícia pois o detido só chamou o socorro no dia seguinte ao afogamento do amigo.

De acordo com o delegado de Polícia Civil de Paiçandu, a investigação mostrou que, após a vítima, Sidnei Almeida, cair no Rio Ivaí, o suspeito voltou para casa, dormiu tranquilamente, e só acionou as equipes no dia seguinte. O corpo foi localizado no rio já na cidade de São Jorge do Ivaí, no dia seguinte ao desaparecimento.

“Primeira grande suspeita foi a atitude do suspeito autor neste caso. Ele estava junto com a vítima na casa, de repente eles descem, já era noite, 20h30, eles descem para a beirada do rio, teoricamente para pescar, 25 minutos depois sobe somente o suposto autor dos fatos. Daí ele fica na casa, mexe no celular, anda para cá, para lá, e depois lá pelas tantas ele apaga a luz e vai dormir tranquilamente”, detalhou o delegado Gustavo Mendes Marques de Brito.

Ainda, após o resultado de laudos e exames, a polícia constatou que Almeida não tinha água nos pulmões e em nenhuma parte do corpo, o que descartava o afogamento durante uma pescaria. A perícia então confirmou que a vítima já caiu morta no rio. “Ele tinha algumas perfurações na parte da escápula. O que realmente causou a morte dele foi a hemorragia, provalmente por causa das perfurações”, afirmou o delegado Brito.

Ao ser preso, o suspeito negou o crime, disse que não chamou o socorro imediatamente pois “ficou com medo”, mas que “não tinha feito nada de errado”.

Motivação do suspeito de matar amigo e fingir afogamento

O delegado Brito informou que ainda está apurando a motivação do crime, mas trabalha com algumas linhas de investigação. Uma das hipóteses era de que os amigos passaram o dia bebendo e tiveram um desentendimento.

A outra teoria levantada que está sendo apurada é que o suspeito teria assassinado o amigo para morar na chácara. O detido prestava serviços de jardinagem para o dono da propriedade e já tinha pedido para residir no local. No entanto, atualmente, quem morava na propriedade era a vítima.