Durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Santo Antônio da Platina/PR, realizada na noite desta segunda-feira (7), o vereador Fabinho Galdino (PSDB) se posicionou de forma firme e esclarecedora a favor dos Projetos de Lei nº 22 e 23/2025, que tratam da aquisição de um imóvel no Distrito de Monte Real, localizado na Rua João Benenete, nº 910, no valor de R$ 1.119.931,53. O espaço seria destinado à implantação de um novo Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI).
Galdino ressaltou a importância de explicar o conteúdo dos projetos à população, criticando a leitura acelerada de documentos legislativos que, segundo ele, dificultam o entendimento da comunidade. “É nosso papel também esclarecer, além de fiscalizar. Quando não explicamos, a população não entende o que está acontecendo”, pontuou.
O vereador contextualizou a necessidade da compra do imóvel a partir da obrigatoriedade imposta pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que determina o investimento mínimo de 25% do orçamento na área da educação. Segundo Galdino, a antiga gestão municipal não cumpriu esse índice nos anos de 2023 e 2024, o que gerou um superávit que agora precisa ser utilizado sob pena de o município perder certidões importantes e, consequentemente, o acesso a recursos federais.
“O Executivo encaminhou à Câmara, no ano passado, a proposta de compra de três imóveis. Apenas um foi aprovado, pois os vereadores entenderam que os valores de dois deles não eram compatíveis. Esse dinheiro não gasto ficou disponível, e agora cabe à atual gestão aplicar os recursos dentro da legalidade”, explicou.
Em relação ao imóvel em Monte Real, o parlamentar revelou que, junto aos vereadores Benito, Diego, Eliane, Breno e Vermelho, contratou de forma independente um avaliador profissional para verificar a coerência do valor apresentado nos projetos. De acordo com Galdino, a avaliação confirmou a compatibilidade entre o valor de mercado e o valor do projeto, com uma diferença de apenas R$ 1.000 a R$ 10.000, considerada aceitável em razão da defasagem entre as datas das avaliações — uma realizada em janeiro e outra em abril.
“O imóvel foi escolhido por ser o único na disputa do certame, respeitando todo o trâmite legal de edital expresso. Estamos aqui de boa vontade, cobrindo um erro de uma administração anterior. Precisamos gastar esse dinheiro de forma correta para não prejudicar a educação do nosso município”, afirmou o vereador.
Galdino também reforçou que divulgará nas redes sociais e na imprensa a avaliação técnica do imóvel para garantir transparência e permitir que a população tenha acesso à informação. “A verdade precisa ser dita. A população precisa saber o que realmente está acontecendo”, concluiu.