O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou nesta segunda-feira, por meio da Agência Brasil, um alerta indicando a formação de uma frente fria no sul do país, que poderá avançar para a região centro-oeste ao longo da semana, marcando temperaturas de até 2°C. Com isso, a possibilidade de doenças relacionadas ao tempo, como distúrbios respiratórios, alérgicos e infecciosos, aumentam e preocupam especialistas.

A frente fria que poderá surgir nos estados do Sul se origina das mudanças de clima da zona subtropical, decorrentes, principalmente, do outono. A estação reduz o número de chuvas, deixando as condições atmosféricas mais secas e propícias a doenças respiratórias.

Isso porque a qualidade do ar é reduzida, criando o ambiente ideal para a reprodução de vírus e bactérias. Enquanto isso, com as temperaturas mais amenas, mais pessoas permanecem em ambientes fechados, sem a devida circulação do ar. Dessa forma, aumenta-se o número de infecções respiratórias, gerando as chamadas doenças do frio.

Os sintomas são similares, como incômodos no nariz, cansaço e tosse seca. Espirros, coriza e desconfortos na garganta também fazem parte dos indícios que podem ser apresentados.

Em um primeiro momento, essas condições podem indicar uma gripe ou resfriado. Ambas as doenças fazem parte dos quadros mais comuns para a época do ano. A diferença entre eles é o vírus que provoca o desconforto, além do tempo de duração.

Enquanto o resfriado dura cerca de 2 a 3 dias, a gripe pode se estender de 5 a 7 dias, apresentando sinais mais fortes.

Ainda, muitas pessoas podem apresentar alergias, como rinites e sinusites. Essas condições são provocadas pelos ácaros, principalmente em decomposição. Apesar de ser uma enfermidade que pode acontecer em qualquer época do ano, as alergias são tidas como doenças do frio pelo aumento da contaminação, por conta de lugares fechados.

Covid-19 no frio

Com a frente fria que chegará do Sul nos próximos dias, especialistas também alertam sobre os perigos da transmissão de Covid-19 junto de outras doenças do frio. Isso acontece, principalmente, pelas mesmas condições do ambiente, sem circulação apropriada do ar e maior concentração de pessoas em um mesmo espaço.

Embora os picos da pandemia tenham diminuído, o número de casos pode voltar a aumentar. Além disso, muitas pessoas podem confundir os sintomas com outras enfermidades virais, uma vez que seus indícios são similares.

Por esse motivo, é fundamental reforçar as medidas de distanciamento social, que também podem reduzir o número de casos de gripes e resfriados, transmissíveis pelo ar entre os infectados.

Brasileiros não estão acostumados com o frio

O Brasil não costuma ficar exposto a baixas temperaturas, como outros países. Por conta disso, não existem hábitos consolidados para lidar com essas condições e as possíveis doenças do frio. Inclusive, o tema gera curiosidade nos usuários menos acostumados, como identificado no levantamento especial feito pelo Betway Insider.

Atualmente, o lugar mais frio de todo o Universo, conforme mapeado pelos cientistas, é a Nebulosa do Bumerangue, que atinge temperaturas de até -272 ºC. Isso porque se trata de um sistema estelar que está evoluindo para a fase de nebulosa planetária, localizada a 5000 anos luz da Terra. Inclusive, este tema também inclui outros picos de buscas que interessam os usuários, como a pesquisa “qual a maior estrela do Universo?” no Google Trends.

No entanto, existem outros pontos igualmente frios, como o físico teórico e professor titular da IF-USP, Elcio Abdalla, explica em entrevista para a Betway, site de roleta online. “No espaço há locais com temperaturas baixíssimas, como, por exemplo, planetas distantes, onde ficam a poucos graus acima do zero absoluto”.

Dentro deste cenário, os corpos celestes não possuem influência significativa na temperatura da Terra, uma vez que estão a milhões de quilômetros de distância, como apontou Abdalla à matéria da Betway Insider.

E mesmo que temperaturas abaixo de zero sejam extremamente populares ao redor do planeta, no Brasil, a população costuma sentir com mais frequência a mudança climática, tornando, inclusive, a adaptação às temperaturas mais baixas muito mais complicada.

Além disso, seguindo a premissa da temperatura e curiosidade sobre os lugares mais frios ao redor do mundo, a pesquisa “qual o lugar mais frio do Universo” está entre as mais feitas no Google, com 2910 buscas mensais.

Queimaduras se tornaram parte das doenças do frio

Nesse cenário, uma das situações menos comuns que fazem parte das doenças do frio são as queimaduras, conforme alerta o Hospital de Pronto Socorro do Rio Grande do Sul, primeiro Estado a ser afetado pela frente fria.

Isso porque a falta de costume ao lidar com quedas abruptas e frentes frias nas zonas tropicais são suficientes para fazer com que os residentes recorram a aquecedores elétricos e lareiras para esquentar os ambientes.

Surpreendentemente, isso pode levar a acidentes e queimaduras, inclusive, aumentando consideravelmente os registros de entradas no pronto-socorro nessa época do ano.

Por isso, a ocorrência está entre as principais doenças do frio, e ganha destaque nos alertas feitos pelas autoridades.

Para enfrentar a baixa nas temperaturas nos próximos dias, especialistas indicam cuidado e medidas para melhorar a qualidade do ar, como umidificação, de forma a reduzir as infecções respiratórias e outras condições que afetam a população.