A juíza Paola Gonçalves Mancini de Lima, da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, autorizou na tarde desta sexta-feira (17) que a data para o julgamento pelo Tribunal do Júri seja marcada no caso da morte da advogada Tatiane Spitzner. Luis Felipe Manvailer é acusado de matar a esposa, em 2018.
Anteriormente, a juíza havia absolvido Manvailer da acusação de crime de cárcere privado, pois segundo ela não existem provas suficientes para que ele responda por este crime. Em janeiro deste ano, o colegiado da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu de forma unânime afastar duas qualificadoras da acusação contra Manvailer. São elas, o motivo fútil e o recurso que dificultou a defesa da vítima.
A decisão atende a pedido da defesa de Manvailer para que ele fosse julgado ainda este ano.
Em nota, a defesa do réu diz que recebeu a decisão da Justiça “com a convicção de sua inocência. Convicção essa que fez da defesa desistir de seus recursos em instâncias superiores”.
Tatiane morreu após cair do 4º andar do prédio em que morava com Manvailer, no Centro de Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná. O crime aconteceu na madrugada de 22 de julho de 2018. Imagens de câmeras de segurança mostram uma série de agressões de Manvailer contra a advogada antes da queda. A defesa, porém, sustenta que a jovem de 29 anos se jogou.
Para o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o denunciado passou a agredir a vítima após uma discussão quando retornavam de uma casa noturna, tendo, ao final das discussões, lançado-a da sacada do apartamento onde residiam, no 4º andar. Consta da denúncia que, durante as agressões, o acusado “produziu lesões compatíveis com esganadura (…) praticando tal delito mediante asfixia”.
Luis Felipe Santos Manvailer deve responder por feminicídio, qualificado por morte mediante asfixia e meio cruel, além de fraude processual.